Inglês Americano: Forma Padrão
Depois de escrever sobre o mito de que o inglês britânico é mais fácil de entender, inúmeras pessoas questionaram sobre o inglês americano. Alguns afirmaram categoricamente que o inglês americano é muito mais fácil de entender. Outros escreveram que preferem o inglês americano, pois o consideram mais simples e mais bonitinho. Diante dos emails e comentários recebidos, surge a pergunta: Será que o inglês americano é mesmo mais fácil de entender? Será que o inglês americano não tem uma forma padrão? Vejamos!
Assim como no Reino Unido (Inglaterra, Escócia, Gales e Irlanda do Norte), os Estados Unidos possuem também inúmeras variantes da língua inglesa. Ou seja, o nova-iorquino possui um linguajar diferente do californiano. O texano também tem um jeito próprio de falar inglês quando comparado com uma pessoa de Wisconsin. Enfim, o inglês falado nos Estados Unidos possui uma grande variedade de ingleses. E essas variedades possuem vocabulário, pronúncias e gramáticas características a cada uma delas. Apesar dessas diferenças, eles se entendem bem na maioria das vezes. Caso não compreendam algo que o outro disse, eles pedem para repetir (ou fingem que entendem).
Vale dizer, porém, que há sim uma forma de inglês americano considerada padrão. Essa forma “padrão” é conhecida como Standard American English (SAE) ou General American. Trata-se de uma forma do inglês americano falado e escrito sem as influências e interferências do inglês falado em cada região. De modo geral, é o inglês usado por jornalistas (CNN, ABC, New York Times, etc.), órgãos governamentais (o Presidente Obama o usa em seus discursos), escolas e faculdades (Havard, Yale, etc.) e grandes empresas (o mundo dos negócios das grandes corporações).
Nesse Standard American English a estrutura gramatical e a ortografia (escrita das palavras) devem ser uniformes. Já a pronúncia pode mudar um pouquinho (mas bem pouquinho mesmo; nada que impeça a compreensão). No quesito lexical (vocabulário), o usuário pode usar algumas expressões idiomáticas que sejam de conhecimento geral (gírias, expressões locais, etc., devem ficar de fora).
Algumas pessoas (ou praticamente a maioria), no entanto, não gostam muito dessa ideia de Standard American English. Elas argumentam que se as pessoas conversarem de modo natural, sem muitas gírias, etc., elas serão capazes de se compreender perfeitamente bem. O curioso é que se você reduz a velocidade da fala, evita usar um vocabulário regional e coisas assim, não seria essa uma forma de falar um inglês mais padrão? Enfim, a discussão é longa.
Em seriados e filmes (pelo menos alguns), há uma redução drástica no uso de expressões regionais e até mesmo (em muitos casos) no modo como cada personagem fala (pronúncia). Os produtores de TV procuram manter o inglês americano do jeito que ele é em determinadas regiões. Muitas vezes é muito mais fácil compreender uma personagem de um seriado do que outra. O que acontece aqui, na maioria dos casos, é que os produtores sabem que seus filmes ou seriados serão exibidos no mundo todo; portanto, para atrair o público mundial procuram utilizar alguns dos recursos do Standard American English com as personagens principais do filme ou seriado. Por conta disso, tem se a tendência de achar que o inglês americano é mais fácil.
Nas músicas a coisa se complica um pouco. Afinal, cada intérprete canta para seu público. Logo, você poderá se identificar mais com o inglês da Lady Gaga do que com o inglês da Beyoncé. Ou você pode se identificar com as duas! Mas, ao escutar um rapper (tipo Eminem ou Snoop Dogg, por exemplo), você poderá desistir de aprender inglês achando que se trata de algo simplesmente impossível de aprender.
De modo geral, lembre-se que o inglês americano também possui uma forma padrão. Essa é a forma difundida no mundo todo. Os materiais didáticos de escolas que adotam o inglês americano fazem uso do Standard American English. Caso você queira fazer um curso de accent reduction (redução de sotaque) voltado para o inglês americano, saiba que a pronúncia ensinada no curso será aquela do Standard American English.
Enfim, o inglês padrão (seja americano ou britânico) é o inglês usado pedagogicamente. Para aprender as variantes (texano, nova-iorquino, californiano, londrino, escocês, australiano, etc.) você terá de se dedicar a estudar essas variantes. Terá também de conviver (interagir) com pessoas que falam esse tipo de inglês. Assim, você poderá perceber como eles pronunciam as palavras, como fazem as entonações nas sentenças, as expressões e gírias locais que utilizam, etc.
A dica final: aprenda o inglês padrão (que é quase um International English) e depois, se achar necessário, aprenda uma variante que queira aprender. Aliás, saiba que no Youtube está cheio de vídeos com inúmeros exemplos de vários tipos de ingleses: desde os considerados padrão (americano ou britânico) até os regionais (nova-iorquino, texano, irlandês, etc., etc.). É isso por hoje! Até a próxima!
WONDERFUL POST!!! =DYOU'RE AWESOME, DENILSO!I'M A BIG FAN OF YOURS!!!CAROL – INFLUX RIO CLARO
Muito interessante seu blog, Denilso! Se me permite, já que o tema é pertinente, recomendo uma crônica minha sobre a falta que fazem outras línguas. Também sou blogueiro e escrevi um artigo chamado "Quem não se 'comuniqueite' se 'trumbiqueite'": <a href="http://www.gazetadopovo.com.br/blog/diasdavida/?id=1131399http://www.gazetadopovo.com.br/blog/diasdavida/?i… />Espero que curta.Abraço!Vinicius
S – U – P – E – R!!!:)Priscila Micaliski