General English ou English for Specific Purposes?

Você sabe qual a diferença entre General English ou English for Specific Purposes? Qual destes é o mais indicado para você? Qual deles é o que você está aprendendo neste momento no seu curso de inglês? Se você não faz ideia, leia esta dica da professora e autora Tânia de Chiaro para saber se você está no mundo do General English ou English for Specific Purposes.

Olá turma do Inglês na Ponta da Língua. Meu nome é Tânia e no final deste texto vocês encontram algumas informações sobre mim e meu trabalho. O objetivo neste texto é explicar, de modo bem simples, as ideias de General English ou English for Specific Purposes. Então, vamos lá!

Para começarmos nossa conversa, saiba que aeralmente os institutos de idiomas trabalham como que chamamos de General English. Ou seja, eles ensinam os alunos a se comunicar em uma variedade de situações do dia-a-dia. Para isso, eles apresentam vocabulário e estruturas gramaticais que dão apoio às situações trabalhadas em cada aula. Como você pode notar o General English é bem abrangente.

General English ou English for Specific PurposesJá o English for Specific Purposes ou Inglês para Fins Sspecíficos, é focado em ensinar o inglês específico para a necessidade do aprendiz. Os autores Hutchinson e Waters (2005) que escreveram sobre essa abordagem desde 1987, a resumiam na seguinte frase “Tell me what you need English for and I will tell you the English that you need”, ou seja, a pergunta mais importante é saber PARA QUÊ você precisa do inglês, e então vai descobrir de que inglês precisa. Na maioria dos casos, os aprendizes que procuram ESP têm necessidades profissionais ou acadêmicas bastante específicas, como por exemplo, uma camareira de hotel ou um estudante de biologia.

Segundo os mesmos autores, ESP tem sua origem em algumas demandas criadas a partir do período pós-guerra, e se devem a três fatores principais:

[list type=”arrow2″]

  • um forte crescimento nos campos científico, técnico e econômico e o desejo dos países de compartilhar conhecimentos, tecnologia e produtos entre si. Como sabemos, o inglês é a língua escolhida para isso.
  • o desenvolvimento no campo da Linguística, que passa a considerar a língua não só um conjunto de regras gramaticais, mas também uma possibilidade de comunicação, mudando o foco do ensino.
  • o surgimento de conceitos novos na Psicologia Educacional, que passa a destacar a importância de se focar o ensino no aprendiz, e a influência da relação entre o conteúdo que se aprende e a eficácia desse aprendizado.

[/list]

Se você tem uma necessidade ou um interesse específico de aprender inglês, o que deve buscar em um curso ESP?

Acreditamos que há 3 características básicas que um bom curso ESP deve apresentar:

[list type=”arrow2″]

  • Incluir as situações que você enfrenta em seu cotidiano profissional ou acadêmico e dentro das quais, você deverá se comunicar. A essa situações chamamos de situações-alvo.
  • o vocabulário que você deve aprender está totalmente conectado com essas situações alvo. Se você é garçom precisa saber o nome dos alimentos, por exemplo. Já os assuntos relacionados à gramática do idioma não tem muita relevância. Você, como garçom, não precisa saber o passado dos verbos (pelo menos, não no momento em que está aprendendo o inglês focado a sua atuação profissional)
  • as práticas sugeridas pelo curso devem simular as demandas de interação que você tem. Se, por exemplo, você precisa ler e compreender artigos, isso deverá ser feito em sala de aula como prática. Se você precisa falar ao telefone, essa deverá ser uma prática constante em sala de aula. O curso precisa dar a você a oportunidade de fazer, assessorado pelo professor, aquilo que depois fará sozinho em seu dia-a-dia profissional ou acadêmico.

[/list]

»»» Como medir seu sucesso nesse processo?

Diferentemente do aluno de General English que mede seu conhecimento por meio de testes de proficiência, o aluno de ESP busca os sinais de seu sucesso em seu desempenho. Veja o que diz Robinson, outra autora que escreveu sobre o assunto: “Frequentemente o aluno de ESP estuda para desempenhar um papel. A medida de sucesso…é se ele consegue desempenhá-lo de forma convincente…” (1980).

Portanto, cabe a cada estudante decidir se o que quer é o General English ou English for Specific Purposes. Afinal, cada um deles focará em algo um tanto quanto diferenciado no intuito de atingir os objetivos do aprendiz.

»»» No Brasil agora

Nesse momento em que estamos vivendo a preparação para a Copa e as Olimpíadas, o ESP é de grande valia para os setores de hospitalidade e alimentação. Logo, o English for Specific Purposes está em alta e é o que muita gente está correndo atrás. Se você tem interesse em aprender inglês específico para esses setores, venha curtir as páginas do Facebook: Inglês para Hotelaria e Inglês para Restaurantes, e concorra a um exemplar dos livros! Esperamos vocês!

»»» Para quem quer ler mais sobre o assunto:

HUTCHINSON, T. and WATERS, A. English for specific purposes: a learning centered approach. Cambridge: Cambridge Press, 2005.
ROBINSON, P. ESP (English for specific purposes). Oxford: Pergamon, 1980.

Bio: Tânia Regina Peccinini De Chiaro é graduada em Letras pela FFLCH-USP e tem mestrado na área de linguagem e educação pela Faculdade de Educação da USP. Trabalha na área de ensino de idiomas há mais de 30 anos e há 20, é diretora da Link English Projects, onde desenvolve projetos corporativos de capacitação profissional para o atendimento de clientes estrangeiros em inglês e cuida da capacitação de professores. Tânia é autora de Inglês Para Restaurantes e Inglês Para Hotelaria pela Disal Editora.

Botão Voltar ao topo