Preocupações com a Pronúncia em Inglês

Então você é daqueles estudantes de inglês que se preocupa ao extremo com a pronúncia. Você é tão fissurado em pronúncia que parece não haver nada mais para estudar em inglês. Enfim, você é daqueles pedantes que acha que para falar inglês deverá falar como se fosse a rainha da Inglaterra ou mesmo o melhor palestrante que os Estados Unidos já teve. Tenho um recado para você: reveja seus conceitos!

A British Library [Biblioteca Britânica] realizará um estudo no Reino Unido para avaliar como o inglês falado está mudando entre eles mesmos. Só para você ter uma ideia, tem britânico que pronúncia a letra ‘H‘ de modos diferentes. A simples palavrinha ‘ate‘ também está sendo pronunciada de modos distintos. ‘Says‘ é outra que já apresenta formas diferentes também. Quer ouvir as diferenças? Então assista ao vídeo sobre o assunto no site da BBC clicando aqui.O que isso significa para você que estuda [ou ensina inglês]? Que há muito mais coisas com as quais se preocupar. Ou seja, falar outra língua significa se comunicar naquela língua; o objetivo é expressar ideias, sentimentos, fatos, etc. Conheci uma pessoa certa vez que se preocupava tanto em articular todos os sons da língua inglesa de modo correto que até mesmo falantes nativos se cansavam de ouvir a pessoa. Esteja certo que se você falar “there are ten men outside” não haverá dúvidas de que o “men” estará no plural. Isso porque a palavra “ten” [dez] indicará que não há apenas um homem, mas sim dez homens. Se você falar “I spent the weekend at the beach” e estiver incerto sobre a pronúncia de “beach“, não se preocupe! Afinal, todo mundo entenderá que você foi à praia.

Claro que isso não é desculpa para você não se dedicar ao estudo da pronúncia. Muito pelo contrário! No entanto, estudar pronúncia [os sons da língua inglesa] pode [e deve] acontecer de modo prazeroso; não pode ser visto como um monstro ou algo inalcançável. Quanto maior o seu nível de conhecimento na língua, maior deverá ser a sua dedicação para aprender os sons corretamente. Mas não se iluda! É bem provável, infelizmente, que alguns sons você jamais conseguirá produzir corretamente. Para saber mais sobre isso leia o postPor que Aprender a Pronúncia do Inglês é Díficil?“.

Tenha ainda em mente que a língua inglesa é hoje uma língua internacional. Ela é usada por praticamente a maior parte da população mundial. Logo, você escutará vários sons, sotaques, entonações e vozes diferentes. Cada falante mundial terá algo ainda mais diferente. O curioso é que mesmo com essas diferenças, todos se comunicam em inglês. Portanto, não se enlouqueça no sonho desvairado de querer falar inglês com o mesmo sotaque e desenvoltura de um americano ou britânico. O segredo é se comunicar em inglês. Depois você pode se aperfeiçoar nos sons!

14 Comentários

  1. Assisti ao vídeo e realmente fiquei de certa forma Feliz que até mesmo entre eles há uma certa "Boa" discordância. No momento em que dois deles são perguntados a respeito da pronuncia da letra "H", um deles até diz que se irrita quando ouve alguém pronunciando 'Haitch' ao invés de 'aitch'.Anyway, já venho seguindo a ideia de que o importante é se comunicar articulando as palavras e não necessariamente exigir uma atenção especial a pronuncia impecável. Podendo ocorrer até mesmo o medo de falar com receio de pronunciar "errado". Acredito que a pronuncia vem com a prática. Eu, por exemplo, assisto ao seriado Two and a half men e é otimo pois muitas vezes acabo não os entendendo pois não conheço a pronuncia, mas se a vise saberia seu significado. Para isso, coloco a legenda e se mesmo assim eu não pego a pronuncia, acesso a internet e repito a palavra até pega-la bem.

  2. Acho que o mais importante é se comunicar mesmo, de que adianta sua pronuncia ser excelente e não ter vocabulário ou não montar as frases corretamente?HoweverEu acho que não podemos relaxar na pronuncia, senão deixa o inglês muito feio, tipo Joel Santana rsrrsrs..Até mais, parabéns pelo blog.

  3. "I spent the weekend at the beach." A situação pode ficar muito engraçada dependendo dos amigos intérpretes ou mesmo do falante de língua inglesa que estiver perto de você na hora. Eu mesmo não sei se perdoaria uhauhaauauauaMuito bom post Denilso. Parabéns mais uma vez.Peterson Abelha

  4. Eu acredito só em uma coisa: Se você conseguir falar e ser entendido, e puder entender o que falam em inglês, é o suficiente. Assista filmes, seriados, ouça Podcasts, ou qualquer outro método deste tipo para melhorar seu vocabulário e automaticamente e pronuncia vem junto no pacote. Voltando ao assunto do Joel Santana(de novo), pra mim, o que ele faz é super certo, ao menos ele tenta falar, e com os erros aprende muito mais; já me corrigiram muitas vezes quando pronunciava as palavras de modo extremamente errado (que aprendi no Ensino Médio, era um fiasco), e essas correções me fizeram aprender muito.Então é isto, como diz Denilso, se preocupe com a comunicação, ela é a mais importante, o resto é bagagem.

  5. Ótimo post Denilso… Lembro que alguns meses atrás estava estudando pronúncia, e por uma mania chata de perfeccionismo que eu tinha, acabava não falando algumas coisas no curso de inglês por vergonha de falar errado…Já sou uma pessoa naturalmente tímida, e com essa barreira que eu mesmo coloquei então… Por outro lado treinava meu raciocínio para desenvolver outra forma de expressar o que eu queria sem usar a palavra que me travava. Mas felizmente já há algum tempo venho lutando para derrubar essa limitação besta que eu tinha. Claro, mas sempre tentando aperfeiçoar e aprender com os erros.

  6. O que mais me irrita é que os gringos ouvem e tentam entender. Ainda que vc fale errado eles tentam te compreender. Mas os brasileiros 'fluentes' é que ficam tirando onda e colocando quem ainda está aprendendo pra baixo. Isso eu acho muito triste. Estive em uma conferência tem pouco tempo e vi exatamente essa cena. Tinha um grupo de brasileiros debochando de algumas palavras não muito bem pronunciadas por brasileiros, enquanto os gringos levaram na boa e responderam sem nenhum tipo de preconceito. Agora eu procuro me afastar dessas pessoas que acham que sabem tudo. É o melhor a fazer quando precisamos romper barreiras, como aprender um idioma. E quem não erra nada é porque não tenta!

  7. Good Evening Denilso,I saw that video and I could see that most natives don't follow the rules of language. Right?I'm not worrying about my pronunciation of words, but I've been doing a good job practicing and analyzing my speech every day. My real problem is the grammar; It's very hard to understand many things like: "going to and will", "the correct prepositions in the text" and other rules.I've been studying English by myself for about 6 months, I don't know English a lot, but one day I'll be awesome and fluent in it. xD(sorry about my mistakes) =)Keep doing what you doing. I like a lot your tips here. See ya!

  8. Acredito mesmo no Inglês Internacional, mas acho q não podemos liberar. Qdo vi o tema do post até pensar em mandar p/ meus alunos. Mas após ler, desisti, se eles lerem isso nunca mais posso cobrar pronuncia deles. Por ex. um carioca q tda palavra ele termina tem som de "sss" ou "i" e emenda na próxima palavra perdendo sentido do q ele quer dizer, eu ja acostumei mas não é legal ouvir "bréadi", "calledi".Mas ai depende tbm da razão q vc quer aprender inglês. Só pra se comunicar?? E quem sabe ser zoado por amigos como no caso BEACH , ou como ouvimos piadinhas com estrangeiros dizendo "EU dar voce presente" Ou se vc quer falar sendo compreendido, soando natural, nao necessariamente forçado, com sotaque brasileiro mesmo.Desculpe Denilson, mas dessa vez q seu post não foi util

  9. Obrigada por ter escrito esse post. Engraçado, eu tenho pensado nisso nas últimas semanas e vou acabar escrevendo algo sobre isso também. Gostei principalmente disso:"Logo, você escutará vários sons, sotaques, entonações e vozes diferentes. Cada falante mundial terá algo ainda mais diferente. O curioso é que mesmo com essas diferenças, todos se comunicam em inglês."(Fora que nativo se amarra num sotaque 🙂 )E é claro que é ótimo ter equilíbrio e procurar, sim, se aproximar de uma boa pronúncia. Agora, se preocupar com a diferença de pronúncia entre "man" e "men", por exemplo… A não ser que você já saiba se expressar fluentemente em inglês, seu tempo com inglês pode ser usado de maneira muito mais valiosa!

  10. Oi Gabriela – eu entendo sua preocupação com "cóledi" e "brédi". Isso é o tipo de coisa que pode mesmo prejudicar a comunicação.Eu mesma postei várias dicas de pronúncia no meu blog. Dicas como essas podem levar um aprendiz da língua a simplesmente notar que a maneira que ele pronunciava o "cóledi" estava incorreta. A partir daí, ele se liga e começa a perceber o som correto toda vez que ouve "called". Não há razão nenhuma para que um brasileiro não possa ter uma boa pronúncia de called (mesmo que haja um pouquinho de sotaque)O que eu vi nesse artigo foi um alerta para um apego exagerado que pode ocorrer, em nome de uma pronúncia perfeita. Por exemplo, o som TH é um som que não existe no Português (ao contrário dos sons de called). Mas é um som que, com um pouco de observação e exposição por parte do aluno pode ser reproduzido razoavelmente por brasileiros, e o mais importante, com compreensão por parte do ouvinte.Só que às vezes vemos gente que ainda não consegue falar direito qual o seu nome e de onde é em inglês, se preocupando em "como falar o TH" – por isso achei esse toque legal.

  11. Olá Gabriela, tudo bem?Compreendo seu ponto de vista, mas permita-me lembrar que no texto acima eu digo o seguinte:"Claro que isso não é desculpa para você não se dedicar ao estudo da pronúncia. Muito pelo contrário! No entanto, estudar pronúncia [os sons da língua inglesa] pode [e deve] acontecer de modo prazeroso; não pode ser visto como um monstro ou algo inalcançável. Quanto maior o seu nível de conhecimento na língua, maior deverá ser a sua dedicação para aprender os sons corretamente."Veja que nesse trecho estou afirmando que o estudo da pronúncia é sim importante. O que não pode acontecer é o fato de professores obrigarem seus alunos e alunas a falar como se fossem nativos. Também não estou dizendo que os estudantes de inglês devam agora se rebelar e não mais aprender pronúncia.O grande problema é que os professores querem que seus alunos falem como se fosse americanos ou britânicos. Quando, na prática, isso é impossível. Diante da insistência e força imposta os alunos acabam desistindo e causando traumas aos alunos. Enfim, essa foi a ideia que eu transmitir no trecho citado acima.Na sequencia eu escrevo:"Mas não se iluda! É bem provável, infelizmente, que alguns sons você jamais conseguirá produzir corretamente."Nessa parte ressalto que um adulto pode jamais conseguir pronunciar um 'th' da forma como os nativos fazem. As diferenças entre os sons de 'beach' e 'bitch' também; ou ainda 'man' e 'men'. O importante é mostrar aos alunos que dentro de um contexto as coisas se encaixam. Caso seja necessário, eles podem reformular as ideias e expressá-las de outra maneira.Bom! Acho que é isso!:-D

  12. Hello Ana, obrigado pelos comentários! A ideia que quis transmitir foi justamente essa que você mencionou!Assim que escrever o seu texto, avise-me para eu poder ir lá e lê-lo também! :-DTake care!

  13. Adorei o vídeo. Isso prova que a língua falada não é estática e evolui continuamente, mas tbm é bom saber que existem padrões, que, se seguidos, facilitam muito a vida de estudantes e professores. Além do mais é muito importante ter ciência das transferências e interferências da língua portuguesa na pronúncia do usuário brasileiro de língua inglesa. Algumas interferênciass são aceitáveis, outras, porém, podem impedir a comunicação, por exemplo, não dá prá trocar two /tu:/ por chew /tchu:/, pois estas palavras têm significado completamente diferente, e o contexto nem sempre dá conta de tudo. Sempre digo que o melhor teste de pronúncia é pedir para que se conte de 1 a 3. lol lol lol

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