Por Que Brasileiro Não Aprende Inglês?

Dias atrás, ao ser entrevistado por um programa de TV, o repórter perguntou: “Denilso, por que brasileiro não aprende inglês?“.

Dei lá minha resposta, mas isso ficou martelando na minha cabeça!

Curiosamente, dias depois, estava conversando com o amigo professor Doutor Miguel Neneve, e entramos no mesmo assunto. Assim, depois de pensar bastante e analisar alguns fatos, percebi algo interessante que compartilho neste texto.

O que todos pensam?

Muitos devem estar pensando que o problema maior está no governo brasileiro. Afinal, o sistema educacional do país é defasado. E, relacionado ao ensino de inglês, a defasagem é muito maior.

Aqui, ainda se ensina inglês do mesmo modo como era ensinado nas décadas de 1970 para trás. 

Outros culpam as escolas de idiomas. Pois, como dizem por aí, essas escolas estão mais interessadas em ganhar dinheiro do que ensinar inglês de verdade. No entanto, não podemos generalizar. Há escolas de idiomas que possuem um plano pedagógico excelente. Qualificam seus professores de modo exemplar. Possuem materiais atualizados.

A verdade é que falar do governo e das escolas de idiomas virou rotina. É clichê jogar a culpa nos outros. Logo, será que não há outra resposta para a pergunta “por que brasileiro não aprende inglês?“?

Dois pontos cruciais!

Após pensar um pouco, notei que o brasileiro não aprende inglês fluente por causa dele mesmo. Ou seja,

o brasileiro é o seu próprio inimigo no aprendizado de inglês.

Como assim?

Não estou me referindo ao fato do brasileiro deixar para aprender inglês em cima da hora.

Também não se trata do fato de que grande parte das pessoas que estuda inglês no Brasil estão à espera de um milagre: dormir hoje e acordar falando inglês amanhã.

Falar da preguiça de estudar é algo que não entra aqui também. Enfim, o problema não está nessas atitudes apenas. Há ainda dois outros pontos que considero cruciais.

Como profissional na área de ensino de inglês e pesquisador, garanto a você que estes dois pontos são responsáveis também pela demora para se aprender inglês no Brasil. Estes dois pontos são:

  • Desejo incontrolável (quase doentio) de falar inglês como um falante nativo
  • Obsessão compulsiva em decorar a gramática

A grande maioria dos brasileiros acha que aprender inglês significa aprender a falar igualzinho a um nativo. Esse comportamento gera comentários assim: “eu quero falar inglês como americano/britânico“, “o inglês aqui é americano ou britânico? Eu só quero se for britânico” e outros do tipo. 

Falar como um nativo!

Essa coisa de falar inglês como um americano não deve ser o objetivo principal de ninguém que estuda inglês. Afinal, praticamente ninguém consegue aprender a pronúncia com a mesma perfeição como alguém que nasceu ouvindo e falando a língua inglesa.

Essa coisa de redução de sotaque é interessante. Mas, não se engane! Seu sotaque é algo que está dentro de você. Portanto, por mais que você pratique, sempre haverá algo que denunciará suas origens.

A primeira versão desse texto foi escrita em 2013. Hoje – pleno 2022 – é irritante ver como a praga do fale tudo certo permeia os canais no Youtube e perfis no Instagram.

As aberrações antipedagógicas do tipo “50 palavras que você está pronunciando errado em inglês“, “Como pronunciar o TH corretamente“, “Como pronunciar world“, “5 dicas para você parecer um nativo” e besteiras do tipo mais atrapalham do que ajudam quem quer aprender inglês.

Afinal, esse tipo de coisas, aprende-se com o tempo, com exposição à língua, com dedicação. Ainda assim, pode ser que alguém por mais que tente nunca conseguira fazer o som do TH como um nativo. [Leia: Sons do TH em inglês: verdades não ditas]

Obsessão pela gramática!

Não pense que estou menosprezando o aprendizado/ensino da gramática. Não é nada disso!

O problema aqui é aquele no qual a pessoal se dedica tanto à gramática e esquece de aprender a falar. Essa síndrome da perfeição gramatical é muitas vezes notada em comentários do tipo “ele/ela não sabe nem português direito e quer aprender inglês“.

Como não sabemos português direito!? O fato de não sabermos todo o código gramatical registrado em gramáticas pedagógicas não nos torna incompetentes ao falar português. Afinal, somos capazes de bater um papo em português mesmo não sabendo todas as regras dos livros de gramática. “Nóis erra; mais nóis se comunica!“.

Aprender é algo constante e contínuo. Ou seja, acontece ao longo da vida! O pouco que aprendemos hoje servirá de base para o pouco que aprenderemos amanhã.

Há ainda pessoas que dizem o seguinte: “só vou falar inglês quando aprender mais e estiver no nível avançado“. Isso é um absurdo! Se essa lógica valesse para o português, essas pessoas só começariam a falar português quando chegassem ao Ensino Médio. E olhe lá!

Brasileiro tem traumas que outros não têm!

Para encerrar, pergunto: Você já viu um italiano falando inglês? Um coreano? Que tal um chinês? Um grego? Um boliviano? Um venezuelano? Um francês? Um alemão? Um argentino?

As pessoas de outros países que falam (aprendem) inglês estão pouco se lixando com o fato de falarem igualzinho a um nativo. Os falantes de outros países podem falar errado, mas se comunicam. A pronúncia deles não é perfeita, mas ainda assim dizem o que querem.

O TH deles sai esquisito e nem por isso se acham incapazes de falar inglês. Com o passar do tempo, eles vão aprendendo e melhorando (ou não!)

Já no Brasil, a maioria só se sente à vontade se a pronúncia for perfeita, a gramática for impecável e o sotaque for como o de um nativo.

O resto do mundo aprende a falar inglês porque não é tão exigente consigo mesmo. A cobrança pela perfeição lá fora não é doentia e exagerada como é aqui. O resto do mundo sabe que fala inglês “errado“, mas fala assim mesmo. Se a mensagem não é entendida, o resto do mundo tenta de novo. O brasileiro, no entanto, espera aprender tudo de modo perfeito para só então se soltar. E acaba desistindo no meio do caminho por achar inglês uma língua difícil.

Consequências desses problemas

Essa exigência/cobrança exagerada causa frustração, tristeza, angústia, estresse, senso de incapacidade e outros sentimentos que atrapalham a capacidade de aprender inglês.

Se você é muito exigente consigo mesmo, cuidado!

Os erros sempre acontecerão e falar como um nativo é extremamente difícil e até mesmo impossível. Lembre-se:

saber inglês não significa ser perfeito e falar tudo certinho; saber inglês significa diminuir a quantidade de erros conforme vamos aprendendo.

Por fim, meu objetivo neste texto é mostrar um comportamento comum entre a maioria dos estudantes de inglês no Brasil: a exigência da perfeição. Esse comportamento acaba com os sonhos de muitos.

Não pegue pesado com você mesmo e nem permita que os comentários dos outros frustrem seus planos de aprender inglês. Não seja exigente demais na gramática e pronúncia e nem queira falar inglês como um nativo fala. Vá com calma! Keep learning!

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80 Comentários

  1. Você tem toda a razão. Eu não sei porque temos essa exigência internalizada lá no fundo da nossa cabeça. É difícil acabar com ela e realmente é o que nos atrasa na comunicação em língua inglesa. Eu tenho esse problema, tento acabar com ele mas é difícil, Denilso.

  2. Muito bom! O meu medo sempre foi falar errado e me forçava a fazer tudo certinho e eu tentava decorar gramática, mas se eu não praticar .. não conseguirei, então eu irei falar mesmo errando ou não, porque errando é que se aprende ;D Mas confesso que tenho muita vergonha de errar haha Não precisamos se preocupar tanto em falar certo.. nós acabamos aprendendo naturalmente..

  3. Parabéns Denilso, excelente artigo.

    No começo dessa semana comecei a praticar algumas coisa que você escreveu sobre o medo de falar. E realmente isso faz uma diferença, se sempre tentamos falar certo nosso aprendizado acaba sendo mais lento e até mesmo duvidoso.

    Quando aprendemos com os nossos erros dificilmente vamos errado novamente. E incrível isso em menos de uma semana tentando falar mesmo que errado em vários momentos aprendi mas, do que uma semana tentando falar certo, acho que todos nos devemos fazer um teste e acredito que ninguém vai se arrepender.

    That’s it!

  4. Sensacional, Denilso. Indico abaixo um ótimo site onde pessoas ao redor do mundo tentam falar inglês sem medo de ser feliz. Tentam não, eles falam. Isso é o que importa: falar!
    https://www.verbling.com/

  5. Muito bem, Denilson, eu tb tinha o msm sentimento e depois de ter contato com o blog, comecei a mudar o meu comportamento, pois como vc diz “é errando que se aprende”.

  6. Eu percebi que quando sentimos a pressão de falar “perfeitamente o Inglês”, isso acontece não porque temos medo de falar com um nativo, mas porque temos medo de falar com alguém da nossa própria língua; tais pessoas são mais exigentes que um nativo, pois, o nativo não fica observando se você fala como ele, pelo contrario ele nos incentiva.Gostei da matéria. É uma excelente reflexão para nós que decidimos trilhar esse caminho!

    1. Gabriele,

      O que você diz é uma grande verdade. Os brasileiros têm o triste hábito de avaliar e julgar os outros. Isso não é apenas no que diz respeito à língua inglesa, mas como o assunto aqui é inglês, temos de nos manter ao tema.

      Em escolas de inglês, muitas vezes os professores têm medo, vergonha, receio, etc., de falar inglês com os demais colegas pelo simples fato de serem julgados pelos outros. Isso é o que chamo de exigência exacerbada.

      O policiamento interno e o receio do externo fazem com que as pessoas travem. Esse policiamento aumenta quando conversamos com brasileiros. Já ao batermos papo com um nativo a coisa muda: comunicação é mais importante do que ficar atento a erros próprios e alheios.

      Enfim, temos de dar um jeito de mostrar isso às pessoas (estudantes de inglês) e assim começarmos a fazer a diferença. 🙂

      Take care!

  7. Olá Denilso!!! Concordo quando você diz que brasileiro é muito exigente consigo na hora de aprender o inglês e que sentimos muito medo de falar errado, o que acaba, de certa forma, travando o aprendizado. Porém discordo desse ser o principal motivo. Pra mim o principal motivo está na política adotada pelas escolas de idiomas tradicionais,e consequentemente a única alternativa para pessoas que moram em cidades do interior. Quando uma pessoa quer ou precisa aprender inglês e recorre às escolas de idiomas, é desanimador saber que o curso dura em média 6-7 anos. Acho isso um absurdo. Eu fiz uma faculdade em menos tempo. Essa política de 2 aulas semanais está completamente desalinhada com a realidade dos dias de hoje. Antigamente se justificava pelo fato da procura ser muito menor, logo as escolas tentavam manter o aluno o máximo de tempo possível matriculado na escola. Mas hoje a demanda é muito maior, porém, muitas pessoas desistem no meio do curso ou até mesmo nem começam por esse prazo ser tão longo. Acredito que o aprendizado de uma língua dura uma vida inteira. Você sempre tem o que aprender, mas, pra mim, o que essas escolas se propõem a ensinar poderia ser passado em 1/3 do tempo.

  8. Na semana passada tivemos a mesma discussão num dos artigos do English Experts. A frase “primeiro temos que aprender português perfeito para depois estudar outros idiomas” é muito utilizada.

    Cheguei à seguinte conclusão: não é necessário falar perfeitamente, temos que conhecer o básico para a comunicação. E, por que não, aprender e evoluir em vários idiomas ao mesmo tempo?

    Parabéns pelo post!

    1. Thanks, Alessandro, pelo comentário.

      Confesso a você que odeio essa coisa de “primeiro temos de aprender português perfeito para depois estudar outros idiomas”.

      Isso para mim cheira a arrogância misturada com mediocridade. Aprender idiomas nada tem a ver com falar uma língua perfeitamente bem. Afinal, quando aprendemos português não sabíamos língua nenhuma. Ou seja, o processo foi acontecendo aos poucos.

      O mesmo vale para qualquer língua. Começamos aos poucos, errando, esquecendo, reaprendendo, relembrando, etc. Infelizmente, as pessoas são tão aprisionadas às tradições de antigos métodos e abordagens que não percebem o quanto isso faz mal e o quanto impede o aprendizado mais dinâmico e divertido.

      Quem sabe um dia, isso não muda e as pessoas se libertem dessas concepções erradas. Para isso, os profissionais da área de ensino de língua inglesa terão de rever seus conceitos para ajudar os aprendizes de forma mais eficaz. A gente chega lá!

      Take care! 🙂

  9. Oi Larissa,

    Muito obrigado por seu comentário aqui. Adorei suas considerações. Elas reforçam algo que Miguel e eu conversamos a respeito: a concepção colonizada de se submeter ao “superior”. Profissionais como nós devemos nos juntar para tirar essa ideia ridícula da cabeça das pessoas. Como você bem disse a língua deve ser encarada como uma ferramenta de comunicação e não como um item diferenciador nas relações sociais. No dia que as pessoas perceberem isso, tanto o ensino quanto o aprendizado de línguas por aqui será muito mais prazeroso e significativo para todos.

    Take care! 🙂

    1. Nossa. Ótimo artigo Denilson!

      Ótimo comentário Larissa!

      Eu sou um mero iniciante, mas é exatamente a forma que penso.

      O mais importante no primeiro momento é conseguir estabelecer uma comunicação, depois aprimorar os pontos necessários.

      Eu jogo um game online europeu, a língua inglesa é a forma de comunicação mais usada, então lá você vê italiano, russo, romenos, noruegueses, turcos, etc.. ah franceses (odeiam língua inglesa)… é legal que eles(eu tbm) tentam, erram, mas conseguem se comunicar.. e eu acabei perdendo a vergonha também, mando logo, “sup guys? I speak english more less, but its my swag =p i’ll improve step by step”

  10. Muito animador esse post. Estou no nível Basic II e me comunico com o que aprendi até agora. Meu pote de gramatica e vocabulário estão bem baixos ainda, mas já consigo expressar algumas ideias. Isso é muito importante porque vou treinando a cada dia. Com o tempo meu pote vai encher e eu vou estar mais seguro. Mas para isso eu leio diversos textos com áudio, procuro ouvir os nativos para perceber como eles pronunciam as palavras. O negócio é estudar todos os dias, um degrau após o outro. Revisar matérias, não depender só do professor é muito importante.

  11. Olá
    Denilso,

    Artigo interessante. Você abordou áspectos interessantes desta questão. Realmente a exigência de perfeição pode ser um entrave. Na minha opinião, a pergunta certa seria “Porque certas pessoas não aprendem inglês?” Eu sou professor de inglês há 23 anos e responderia baseado no que tenho visto. Eu diria que existem vários motivos para tal. Eis alguns

    1. Muitas pessoas querem atalhos. Não se acham dispostas a dedicar pelo menos cinco anos para aprender bem a língua. Porque em média este é o tempo que se gasta com uma carga horária de de duas aulas por semana. Aprendizado é coisa que leva tempo.Estas mesmas pessoas são muitas vezes as que se matriculam em cursos que prometem o milagre de ensinar a falar inglês em 18 meses. Estes alunos desistem e acham que eles é que falharam. Uma carga semanal maior, acelaria o aprendizado, mas exigiria uma carga de dedicação a tarefas e prática fora de sala que o aluno muitas vezes não está disposto a fazer por questão de tempo ou vontade.

    2. Muitas pessoas não se dedicam a fazer tarefas de casa e estudar em casa para complementar o aprendizado. Vejo muitas pessoas que só se matriculam no curso de inglês, não fazem tarefas e ficam falando português e traduzindo tudo em sala de aula.

    3. Muitas pessoas (principalmente adultos) têm o hábito de traduzir tudo. Se não traduzirem, acham que não vão entender. Pessoas que têm esse hábito são lentas e raramente adquirem domínio da língua.

    Agora, como você, já me perguntei quando encontrei estrangeiros que falavam inglês bem apenas frequentando suas escolas regulares:
    “Porque não se aprende inglês no Brasil no ensino regular? Porque se precisa ir para uma escola de idiomas?” (A próposito, existem excelentes escolas de idiomas no Brasil e eu conheço centenas e talvez milhares de pessoas que falam inglês muito bem sem sair do pais. A maioria dos professores de inglês em escolas de idiomas são extremamente qualificados. Pessoas que investiram tempo em aprender o idioma em
    escolas assim. Agora, existem as laranjas podres neste setor, também. Escolas de idiomas que prometem milagres). Voltando à questão do Brazil, acho que nossa estrutura educacional é parte do problema. A carga horária dedicada ao ensino de inglês não é suficiente. As salas têm um
    número muito grande de alunos e estes têm níveis differentes de domínio da língua. Embora nas universidades (cursos de letras) os professores sejam expostos a metodologias e técnicas modernas de ensino, quando vão para as salas de aula recorrem ao recurso fácil da tradução. Com relação ao ensino de inglês na universidade, sei que muitas vezes não prepara professores como devia. Muitos professores formados em letras não têm domínio suficiente do idioma. E isso reflete na maneira que a língua é ensinada nas nossas escolas.

    Muito interessante essa questão. Espero que tenha contribuído um pouco para elucidar os fatos.

    Abraços

  12. Eu fiz intercambio na Austria e o pré-requisito de linguas era ingles pois as aulas eram em ingles (embora a lingua oficial seja alemao).

    Eu morei em um student dorm com pessoas do mundo todo e posso dizer que o que realmente importa é se entender.

    Eu percebia que gente nova chegava sempre com um nivel ruim e ao longo do tempo ia melhorando, mas nunca deixava de falar.

    Eu ja falava bem, durante a universidade trabalhava como interprete nas conferencias internacionais que minha universidade organizava, mas posso dizer que tb melhorei questoes como proncia e sotaque, bem como aumentei o vocabulario.

    Agora o que me motivou a escrever aqui: hj eu moro definitivamente na Austria e a luta é pra aprender o alemao, e uma situacao muito parecida com a do ingles no Brasil se passa com o alemao aqui em torno da comunidade internacional.

    Embora os locais incentivem aprender/falar/ler/comunicar e com eles as conversas fluam, quando se fala perto de qqr internacional aprendendo alemao é a mesma sensacao que a pessoa nem escuta o que estas falando mas sim como estas falando e onde estas errando!

    Creio que isso nao é coisa de brasileiro mas sim do ser humano.. Todo mundo se compara e quando tem alguem possivelmente melhor isso representa uma “ameaca” e a reacao é tentar provar que o outro é pior!

    Pra ajudar a complicar, todo mundo aqui (nativos) fala ingles e nao se importa em usar ingles ao inves de alemao, pois sabem que sua lingua é complicada, entao ninguem que saiba ingles e nao saiba alemao é forcado a aprender. A maioria da comunidade internacional é temporaria, de 6 meses a 5 anos, e quase todos passam esse periodo aprendendo so como se diz “por favor” e “obrigado”.

    O mesmo se passa no Brasil: nosso pais de dimensoes continentais nao requer ingles no dia-a-dia e raramente requer exporadicamente, logo ngm tem um motivador forte.

    Quando perguntei pra austriacos e alemaes como eles aprendem ingles tao bem a resposta foi: “- A gnt sabe que precisa se comunicar quando sai de ferias!”. Enough said!

  13. Excelente artigo e importante reflexão, Denilson. Além dos fatores citados por você, com os quais concordo plenamente, vale ressaltar que o brasileiro médio (ou aquele que tem dificuldade para aprender inglês) muitas vezes não possui o hábito de ler, o que dificulta o processo. Da mesma forma, existe uma cultura no Brasil de ‘dar um jeitinho’, ou seja.. uma solução rápida e simples, com o mínimo de esforço dispendido pelo indivíduo, e muitos tentam aplicar isso à aprendizagem do idioma. Infelizmente, aprender uma outra língua existe trabalho, dedicação, estudo, e afinco. Tirando esta questão da pronúncia ou da ‘perfeição’ (que obviamente não existe!!)… ainda acho que muitos brasileiros não acordaram para a importância do inglês para sua própria inclusão social, acesso a oportunidades, informações, redes de contatos etc… somente quando houver um despertar para as oportunidades sendo perdidas é que o aluno passará a investir o esforço necessário para aprender a falar suficientemente bem o idioma para cumprir seus objetivos, sejam quais forem.

    Parabéns mais uma vez pelo excelente artigo.

    Graeme (www.graemespot.blogspot.com)

  14. Uma pesquisa recente explica que uma das grandes dificuldades que o povo brasileiro tem ao tentar aprender Inglês é o analfabetismo funcional. O brasileiro comum tem dificuldades em entender um texto em Português, pois não aprendeu a interpretar um texto. O brasileiro tem dificuldade de se expressar em Português (seja falar ou escrever), pela falta do hábito da leitura. Imagina em Inglês! Nesse ponto, nossa vizinha Argentina está muito à nossa frente. É também uma questão de educação de base.

    Para aqueles que tiveram melhor educação e lutam para aprender o Inglês, creio que o que falta é dedicação. Depois que passei a ouvir o Inglês TODOS OS DIAS (podcasts, video aulas, filmes, séries) a velocidade com que minha habilidade de “listening/speaking” se desenvolveu foi espantosa. Não falo como um nativo e sei que nunca vou falar. Mas entendo muito bem o Inglês (mais de 90% do que ouço) e consigo me comunicar razoavelmente (graças ao listening). Uma coisa que ainda tenho dificuldades é com os phrasal verbs. Entendo quase todos no contexto, mas ainda tenho dificuldades de usá-los na hora de falar (insegurança, medo de falar uma besteira). Abr. Fábio.

  15. Sim, Maria! Concordo com você! A cobrança não é o único fator. Mas, quando aliado à preguiça de praticar – algo extremamente notável na maioria dos que “querem” aprender inglês – a coisa complica ainda mais! rsrsrsrs

  16. That’s the thing, Vera! Learners shouldn’t be afraid of taking risk at using what they already know.

    🙂

  17. Estou no Reino Unido agora (por isso desculpem a falta de acentuacao), e o que observo eh que, pelos paises serem muito proximos aqui, e com altas taxas de turismo, os cidadaos da Italia, Holanda, Franca, etc, veem uma necessidade real de aprender a lingua. Enquanto isso, no Brasil, envolto por uma comunidade de lingua castelhana, aprendemos ingles por anos a fio apenas com uma promessa de que `isso sera muito importante no futuro, no trabalho`, e isso tambem pode ser muito desmotivador para criancas e adolescentes que nao conseguem enxergar essa necessidade. Obvio que o texto retrata outro ponto importante, mas essa proximidade com paises falantes da lingua considero agora um ponto primordial.

  18. Olá, Isabela! Por isso que eu digo no texto que falar sobre essas coisas aí já virou rotina. Ou seja, trata-se de algo que todo mundo já sabe! Mas, quando o estudante dá a sorte de estar com um excelente professor, uma boa escola, uma boa orientação, etc., ele acaba cometendo os erros novos que mencionei. O curioso é que esse indivíduo se trava por conta própria e sai falando que a culpa é do professor, da escola, do sistema, etc. Enfim, tudo e todos se misturam nos dando os resultados que temos atualmente. 🙂

  19. Felipe, eu não tenho nada contra a pessoa querer ser perfeito na gramática e na pronúncia. Mas, há pessoas – praticamente a grande maioria – que levam isso ao extremo.

    Por exemplo, a gramática diz que o certo é dizer “do you like apples?”; mas, no dia a dia o nativo poderá dizer “you like apples?”. Tem brasileiro que pira com isso e acha que inglês é complicado só por causa disso. Imagine quando eles encontram nativos – mesmo aqueles com nível universitário – que dizem coisas como “there is two books on the shelf”. Enfim, as pessoas precisam entender que o uso da língua não é só aquele dos livros de gramática.

    Em relação à pronúncia, me irrita ver pessoas querendo a todo custo aprender o som do TH como se isso fosse a única coisa a ser aprendida em inglês. Um dia eles aprenderão que o TH está mudando no mundo da língua inglesa e o tão temido som que não conseguem fazer está se perdendo. Então, qual a razão de ser perfeito nisso?

    Repito: não tenha nada contra quem quer aprender isso. Mas, as pessoas não podem se prender apenas a isso e achar que a língua inglesa como um todo fica só na gramática e na pronúncia perfeita. Há muito mais o que aprender! 🙂

  20. Oi, Aldeneide. Acho que não é o caso. Eu tenho estudado inglês por algum tempo, mas o processo é lento. Talvez essa sua “trava psicologica” esteja sendo causado pelo fato de você está usando um material muito complicado pra você. Veja o aprendizado como um vide-game, onde você só passa de nível quando completa o anterior. Não adianta querer enfrentar o chefão de cara. 😉
    Ouça podcasts, prefira material que seja mais curto e ouça ao mesmo material muitas vezes para fixar o vocabulário. Conforme você fizer isso, você irá se sentir mais confortável com as estruturas.
    O nosso cérebro é incrível, mas é necessário que você entenda o que está ouvindo, se não você não “absorve”. 😀
    Boa sorte!

  21. Oi, Aldeneide. Eu tenho aprendido ingles sozinho tbm, o que não é um feito nem perto de ser tão estraordinário quanto foi para o Machado de Assis, que viveu em uma época com tão pouca troca de informação comparada a hoje, mas posso dividir com vc o que eu tenho feito, o método que eu criei pra mim mesmo e que tem me ajudado bastante.

    – Ouça ingles pelo menos 30 minutos por dia todos os dias mesmo que vc não esteja entendendo nada

    – Prefira assistir filmes e seriados com legenda em ingles e não portugues (mesmo que antes vc tenha assistido com legenda em portugues)

    – Leia livros em ingles, mas em que ser de algum assunto do seu interesse. Algo que vc goste tanto, que até esqueça de prestar atenção em que língua está escrito.

    – Pegar trechos de filmes/séries, ouvir esse trecho repetidas vezes e tentar repetir o que o ator falou o mais perfeitamente possível. Fique o tempo que for necessário em casa fala até conseguir falar perfeitamente. É difícil no começo, mas é um desafio interessante e logo vc consegue. Esse exercício eu inventei pra mim mesmo e foi o que finalmente me ajudou a entender e falar com uma certa fluência.

    – A gramática é importantíssima. Tem quem diga qu pra vc aprender bem vc não pode estudar gramática, mas na minha opinião não é bem assim. Pode ser ineficiente vc ficar somente em gramática ou ficar fazendo exercícios mais focados nos termos técnicos do que na prática mesmo, mas isso não significa que a gramática não deve ser nunca estudada. Eu tenho uma indicação ótima de coleção de livro que ensina gramática com epxplicações breves e vários exercícios intuitivos pedagogicamente muito bem feitos que vc aprende sem nem perceber e assim ganha confiança pra usar a língua. O nome é Grammarway. Tem 4 volumes. Vc provavelmente já poderia começar no volume 3, pelo que vc falou.

    – Por fim, uma coisa muito importante é como vc encara esse processo de aprendizagem. Uma língua não é uma habilidade única, é um conjunto de habilidades que resulta em um todo. Não tem como aprender usando só uma fonte. Não adianta estudar só pronúncia, só gramática, só vocabulário, vc precisa fazer tudo ao mesmo tempo. Ou pelo menos na mesma semana. Crie uma rotina de estudos que vc divida sua semana com essas atividades todas. E não fica com pressa de aprender. Se vc treinar todos os dias, logo vc vai naturalmente aprender e vai se surpreender quando perceber que aquele monte de sons sem sentido finalmente começam a se transformar em palavras. Lingua é treinamento, como se fosse um músculo. A ansiedade só atrapalha.

  22. Sara, obrigado sua visita e comentário. Sua pergunta já foi amplamente respondida e discutida aqui no site e no Facebook. Então, vamos lá!

    Há várias dicas espalhadas pelo site que são em inglês. Mas, infelizmente, a maoiria das dicas são em português. Há uma razão para isso!

    O público alvo do site é o público que procura por dicas de inglês em português. Ou seja, o público alvo é o público que fala português e que está aprendendo inglês. Logo, esse público certamente não entenderá todas as dicas dadas aqui se elas forem publicadas em inglês.

    Enfim, como dar dicas de inglês escritas em inglês via internet para o público falante de português, se a maoiria não sabe inglês e se a a maioria pesquisa por dicas em português?

    No passado, eu tentei mudar isso. Passei uma semana escrevendo dicas em inglês, mas as reclamações foram várias. Então, decidi fazer uma pesquisa. O resultado: 82% dos leitores optou por continuar com as dicas do jeito que são publicadas.

    As grandes editora hoje (Cambridge, Oxford, Pearson, MacMillan, etc.) procuram seguir a mesma ideia. Isto é, publicar material de inglês com explicações em português para facilitar o aprendizado. Essa corrente de pensamento é uma corrente que já existia nas décadas de 1960 e 1970 pelos pensadores da famosa Abordagem Comunicativa quando ela começou a ser concebida. Portanto, há respaldo teórico dentro da Linguística Aplicada.

    Mas, como eu disse no começo, há aqui no site inúmeras dicas escritas em inglês (textos para interpretação, textos para listening, podcasts e muitos outros). Das mais de 1600 dicas publicadas aqui, eu diria que cerca de 400 estão em inglês e, vira e mexe, eu publico uma dica em inglês de minha própria autoria ou dos “gringos” que escrevem para o site.

    Portanto, há conteúdo para todos. No entanto, o maior conteúdo é para aquele público que precisa de dicas descomplicadas e simples para entender o conteúdo dos cursos de inglês onde estudam ou dos materiais que usam para estudar.

    Ufa! Escrevi demais! Qualquer coisa, estou por aqui! 😉

  23. Olá,

    Gostei do seu texto e gostaria de acrescentar algo que o brasileiro faz e que não o ajuda muito no aprendizado de um idioma:

    A pessoa encara o aprendizado do idioma como encara o aprendizado de uma matéria escolar como a Geografia ou a História. Ele vai a uma aula e ouve o professor, faz sua tarefa, lê um ou outro artigo e volta em dois dias.

    E esta forma de levar o aprendizado de um idioma é extremamente errado, ainda mais para quem quer aprender a se comunicar. Ele não conversa com seu colega de curso, ou com outra pessoa que já é fluente, evita lugares e até ler notícias em inglês, assiste filmes mas com legendas, etc.

    É preciso aprender a aprender a falar um idioma e isso, infelizmente, a maioria dos brasileiros não tem se quer um pingo de noção.

    1. Acredito que o maior problema é exatamente esse.

      O brasileiro pensa que inglês só serve para conseguir um “bom emprego”.

      Por essa “lógica”, eu que sou empresário não deveria falar nada de inglês KKKKK

      Isso é uma forma de burrice, não falta de QI, mas burrice do mesmo jeito.

  24. Exatamente, Paty! No começo podemos fazer as coisas do jeito que der. Ou seja, nos comunicando; mas, depois, com o tempo, conforme a gente for aprendendo mais e mais, a gente pode colocar na cabeça a coisa de melhorar. Aliás, eu garanto que é muito mais interessante melhorar quando já sabemos nos virar de várias formas do que tentar ser logo melhor sem saber muito. 🙂

  25. Pois é, Adriano! Vá com calma! Aprenda no seu ritmo e não faça perguntas demais. Com o tempo certas coisas vão se encaixando naturalmente e você verá a mágica acontecer ao longo do seu aprendizado. 🙂

  26. Muito simples, André! Veja as pesquisas que são feitas no mundo mostrando o nível de proficiência em língua dos vários países pesquisados. Eu dei aulas por mais de 20 anos. Trabalho na formação de professores de língua inglesa há cerca de 10 anos e ao longo desse período essa cobrança de falar tudo certo (gramática) e de só falar quando souber a pronúncia perfeita é algo evidente em todos os cantos do Brasil.

    Veja que no começo do texto, eu mencionei o fato da educação no Brasil ser precária e não termos uma política pública de ensino de inglês. Mencionei alguns fatores que contribuem para o fato do brasileiro não aprender inglês no resto do mundo. No entanto, além desses fatos que já estamos mais do que carecas de saber, há esses outros dois que também devem entrar na lista: mania de achar que só vai ser capaz de falar inglês quando souber a gramática e a pronúncia de modo 100% idêntico a um nativo. Essa mania de perfeição mais atrapalha do que ajuda.

    Enfim, no seu comentário, você disse que discorda, mas lendo as entrelinhas do que você escreveu, eu percebo que você concorda mas de um jeito diferente. 🙂

  27. Denilson, excelente e lúcido o seu texto. Concordo com a sua tese, mas não integralmente. Hoje já sabemos que não falamos inglês no Brasil (nem em lugar algum). Falamos interlíngua inglês-português brasileiro – isso vale para qualquer aprendiz de qualquer língua estrangeira ou adicional – e que não devemos mais rotular os falares como certo e errado, mas apropriados à situação comunicativa. Um abraço!

    PS Vc precisa conhecer como o inglês é ensinado no Colégio Militar de Fortaleza há 20 anos. Curioso? Entra em contato!

    1. Sim, Ângela! Essa coisa de interlíngua está presente em praticamente todo o meu trabalho. Por isso eu sempre digo que falar 100% certo e ou 100% igual a um falante nativo não deve ser um objetivo para todos. O que incentivo é que as pessoas se comuniquem da forma que sabem (do jeito que der), arrisquem-se (colocando em prática o que sabem misturado com outras coisas) e conforme forem se envolvendo mais com a língua em contextos naturais podem deixar a interlíngua de lado e adquirir uma variante específica da língua. Temos de estar ciente que, de acordo com a grande maioria dos linguistas, interlíngua não é língua e nem mesmo segunda língua. Cada um sabe até onde ir. Não tenho nada contra a interlíngua, mas cabe ao profissional da área ajudar os aprendizes a ir além! Contudo, cabe aos profissionais de ensino de línguas ajudar seus aprendizes a irem sempre além: sem exigir perfeição gramatical ou na pronúncia. Enfim, esse assunto é bem complexo e merece mais uns textos a respeito!

  28. Concordo em parte com você. Acho que, como alguns disseram aqui, o problema mais grave é não se dedicar realmente. Não querer de verdade aprender. Às vezes ouço estrangeiros falando português e fico impressionada como aprendem rapidamente mesmo algumas regras difíceis. Acho que eles querem mais que nós, dedicam-se mais.

    Quanto ao que falou sobre a perfeição, parece mais uma exigência das escolas que dos alunos. Dou aulas particulares de francês e, muitas muitas muitas vezes, alunos chegam até mim, porque não conseguem falar. Estudam na maior escola de francês do país, têm conhecimento da gramática, da regra, mas não falam. Por que? Acho que a exigência pela perfeição está nas escolas. Em algumas semanas comigo começam a falar, por que? Porque, como você, acho que o aprendizado é lento e gradativo. Não se pode exigir que o aluno fale de forma correta imediatamente. Isto leva tempo.

    E este ponto levanta um outro. O nível dos professores de língua estrangeira, não no que respeita ao idioma, mas ao talento, à vocação. Ser professor é quase uma arte. Perceber nuances, reconhecer progressos, estimular a desinibição naturalmente, sem obrigar a ler na frente da turma, quando o aluno não se sentir à vontade por exemplo é um dever e um dom, nem todos são capazes. Acho que falta muita sensibilidade didática ao professor.

  29. calma aí, Sara Fonseca! desse jeito vc tá querendo restringir/monopolizar o conhecimento. para mim e outros tantos que estão APRENDENDO (repito APRENDENDO!) compreender um texto integralmente em inglês não é tão fácil quanto é (suponho) pra vc.

  30. Fantástico! Morei por um tempo em Cambridge, na Inglaterra e, quando cheguei lá eu não falava nada e fui aprendendo aos poucos, no dia a dia. Quando tinha um brasileiro por perto eu simplesmente travava e não entendia nem conseguia falar nada, porém quando tinha que me virar sozinha eu me comunicava, e bem até! Acho que por medo do julgamento dos outros, por vergonha, eu não demonstrava o que sabia perto de brasileiros.
    Convivi com pessoas de todo o mundo, desde de sulamericanos a paquistaneses, chineses a jamaicanos e é nítido o sotaque deles. E para ser sincera, era mais fácil de compreender do que os nativos. Acredito que por falarem mais rápido, gírias e pela mania de “engolir” parte das palavras que os nativos fazem em seus respectivos idiomas, inclusive nós brasileiros e cito como exemplo “certim” que falamos ao invés de “certinho” haha
    Algumas coisas desse meu comentário são baseadas em outros artigos que li por aqui 😉
    Parabéns pelo blog!

  31. Exatamente, Carina! O problema é que o brasileiro é tão crítico em relação aos outros e a si mesmo que acaba invertendo as coisas. Acabam criando neles mesmos e nos outros um pânico que não deveria existir. Ainda vou falar mais sobre isso! Aguarde!

  32. Muito bom, cara…. concordo plenamente! Creio que faço isso comigo também. Vou tentar consertar esse probleminha e começar a me preocupar menos. Obrigado pela dica!

    1. Isso é bom, Fabrício! Tem deixar as coisas acontecerem naturalmente e a melhora será de acordo com o tempo. Você aprenderá muito mais se deixar o perfeccionismo de lado! 🙂

  33. Sobre tema do inglês internacional, pode nos escrever uma matéria (apenas por curiosidade) sobre o inglês oriundo da Jamaica ou da comunidade negra da Inglaterra? Eu ouço muito reggae da Jamaica e música eletrônica do Reino Unido (Jungle, Drum´n´Bass, gêneros com vocal ao estilo ragga, dubstep) e muitas vezes, eu fico imaginado o quanto de gíria, dialetos e descontrução e readaptação do inglês devem estar inseridos nestas linguagens! 🙂

    1. Gostei da sugestão, André! Vou preparar algo aqui! Aliás, já até tem algo sobre o Inglês Jamaicano para ser publicado em breve! Aguarde! 🙂

  34. Aprenda como uma criança. Ouça e Fale, Ouça e Fale. A criança não questiona. Simplesmente vai errando e acertando com todo o entusiasmo que um pequeno possui! Expanda! Não retraia! É isto que faz a criança aprender com facilidade!

  35. Parabéns pelo post. Meu inglês está “enferrujado” e vou voltar a fazer aulas. No texto, você mencionou que “há escolas de idiomas que possuem um plano pedagógico excelente”. É possível citar algumas? Grato!

  36. Porque pelo menos nesse ponto o brasileiro é inteligente, não aprender essa língua estúpida.

  37. Olá Denilso, muito interessante seu artigo. Porém discordo um pouco do título, afinal uma boa parte dos Brasileiros aprendem bem o Inglês (comparando com outras nacionalidades as quais tive/tenho contato). Concordo que o Brasileiro é exigente sim quanto a qualidade do seu Inglês (já fui assim, hoje nem tanto). Moro no Canadá a 7 anos e gostaria de deixar um registro para referência, algo similar ao que existe aqui no Canadá. Como muitos sabem o Canadá possui duas linguas oficiais (Inglês e Francês). Pois bem, sendo o Francês uma lingua oficial, este “subject” está incluído no currículo escolar; portanto todas as crianças “aprendem” o Francês na escola, desde o Elementary até o High-School. Sendo o Canadá, um modelo de país, portanto espera-se um modelo de educação (falando especificamente do ensino do Francês) – não deveriam os nossas crianças terminarem o High-School fluentes no Francês? É claro que não! E por que não? Simples, o ensino do Francês no Canadá é similar ao ensino do Inglês no Brasil, ou seja, o que se ensina na escola não é suficiente para tornar um aluno fluente. A fluência deve ser buscada com complementos. Note que não estou falando de educaçao bilíngue (Brasil), nem da educação regular em Quebec (onde a primeira lingua oficial é o Francês). Você também mencionou várias nacionalidades falando o Inglês, e faltou o Indiano! A comunidade Indiana é pequena no Brasil, porém muito significativa na América do Norte. O interessante é que o Indiano fala relativamente correto em relação a gramática, porém não se importam com a pronuncia. Além disso falam extremamente rápido, mas com um tempo você acaba se acostumando. Bom é isso, só queria deixar registrado essa comparação por aqui. Forte Abraço! -CS

    1. Cláudio, td bem? Me desculpe o atrevimento mas gostaria de conversar contigo sobre o Canadá. Se possível, teria como o Sr entrar em contato comigo pelo e-mail: ldo.lnd@hotmail.com? Muito obrigado. Abrass

  38. Há, em minha opinião, outro motivo. Vocês dublam tudo. Na Europa, com excepção da Espanha, só se dublam filmes para crianças e, mesmo assim, há sempre a versão original com legendas. Não é à toa que os espanhóis são os europeus com maior dificuldade em falar outros idiomas, pois não têm o ouvido adaptado a outros sons, tal como os brasileiros que, inclusive, dublam filmes portugueses. Ouvir o idioma que se pretende aprender é fundamental para a aprendizagem. No meu país, Portugal, cujo povo é considerado, dentro dos latinos, o que maior facilidade tem em falar outros idiomas é vulgar encontrar pessoas que falam com proficiência inglês, espanhol e francês. Lá, o detalhe que qualifica uma pessoa para conseguir um trabalho é falar, para além dos vulgares inglês, francês e espanhol, alemão, italiano ou mesmo mandarin. Deixar de dublar filmes e séries seria uma grande ajuda para os brasileiros.

    1. Os alemães também dublam todos os filmes e falam um péssimo inglês, isso quando o falam. Digo com propriedade pois moro aqui na Alemanha e já reparei isso. As pessoas aqui querem mais que os outros falem alemão, não tem interesse nenhum em aprender idiomas num contexto geral.

  39. Então, eu tenho 38 anos quando tinha 19 anos morei em Honduras durante dois anos, bom , aos 19 anos eu não havia completado o ensino médio ( infelizmente ). Mas, depois de 4 meses morando naquele país, eu aprendi a falar espanhol fluente, é verdade o que você diz, minha preocupação não era com a gramática, falava um monte de coisas erradas mas me fazia entender. Com o tempo, comecei a falar corretamente. Bom, terminei meu ensino médio ( nem vou falar com que idade ..srsrsrs ) Mas por falar espanhol fluente e conseguir escrever fui contratado por uma empresa aqui no Brasil. Agora aos 38 anos comecei a estudar inglês por conta, junto com meu filho de 8 anos. O pouco que sei, aprendi em seriados ….. é serio !! aprendi em seriados, acho maravilhoso estudar inglês sozinho….. deixem esse negócio de gramática, aprendam a comunicação, a gramática vem com o tempo, veja eu nem falo, e nem escrevo português direito, mas sou bilíngue ( acho que sou …kkk )

  40. Estudo ingles a dois anos pela EF já to no avançado e converso com qualquer pessoa em ingles numa boa e meus amigos do CCAA que estao a 5 anos presos só aprendendo gramatica nem se acreditam quando começo a conversar em ingles HUEHUEHUE. Agora eu queria aprender alemão, mas a maior dificuldade está em encontrar um curso bom :/

  41. sabe eu estudo japonês e quanto mais estudo o japonês menos quero estudar o chinês kkkkkk

    1. Boa sorte +Bruno acho um iniciativa legal o seu interesse em aprender lingua japones. So nao esqueca que o Chines eh muito mais extenso e os kanjis japoneses foram tirados do chines(tradicional) isso eh o chines que eh oficialmente escrito em Hong Kong, Macau e Taiwan.

      Eu me sinto muito contente de falar e viver a lingua da superpotencia chinesa, a lingua com o maior numero de falantes nativos.

      1. Obrigado e parabéns por conseguir aprender chinês deve ter dado muito trabalho e força de vontade 🙂

        1. Obrigado, Admiro sua forca de vontade em aprender um novo idioma e acredito no seu sucesso! Boa sorte no estudo Japones e espero que voce venha ter experiencia pratica e agradavel um dia se eh que jah nao tenha tido.

      2. Vc fala como se o mandarim fosse dificil,mandarim é mais facil até do que o portugues,e pra vc ter ideia de como o ingles é mais eficiente que o mandarim.Na china as crianças á parti da terceira serie é ensinado o ingles e isso pq o ingles nao é eficiente ,imagine se fosse kkkkk

        1. Aqui na China um numero considerável de crianças aprendem ingles sim, pra ter ideia eu vi o livro de um menino aqui de 8 anos coisa seria hard core no Ensino Medio do Brasil. O ponto chave nao se trata de eficiencia e sim da expansao da influencia da China no mundo, acha que eles vao querer trocar o idioma deles que eh belo rico e historico? Voce aprendeu sobre gramatica da lingua portuguesa em ingles? O Chines eh mais facil que o portugues eu eh que sou burro que com 2 anos ainda nao consiguir a perfeicao, ainda hoje confundo 4 com 10, H com F, e L com H.

        2. Mandarim mais fácil do que inglês???

          Não exagera, você está querendo atenção 🙂

  42. É assim mesmo que nós sentimos, nos oprimimos buscando a pronúncia perfeita, e pior, tentando falar que nem nos filmes, onde lêem os roteiros antes e não gaguejam, muito menos pausam para pensar no que dizer. Acredito que se motivar sempre e ter em mente que por mais que vc estude, sempre haverá o que aprender, que erros acontecem, mas a oportunidade de corrigir também.

  43. WWWWWWWWW EU ESTUDO japones,e acho facil imagina ingles e muito facil quem fala dificil,e porque nao sabe se esfor;ar

  44. eu estudo japones,tambem Bruno Oliveira,acho muito mais facil que portugues gramatica simples,kanjis vieram da china e sao muito praticos e bom e evitam confusoes

  45. Deus te abençoe grandemente, pois vc tocou na minha ferida. Me sinto exatamente assim incapaz de aprender falar inglês por conta das minha exigência em perfeição. Poxa que bom ouvir vc falar isso, preciso desaprender a ser tão perfeccionista pq conheço a gramática inglesa em parte mas não sei formar uma frase kkkk. Viu ouvir vc é me cobrar menos, deixar fluir naturalmente como as outras pessoas de outras nacionalidades fazem. Realmente o problema sempre foi eu.
    Grata por sua percepção ?????

  46. Vivo ha 30 anos nos Estados Unidos e já ouvi várias vezes absurdos de vários intelecutuais brasileiros que sempre dizem que a pronúncia Inglesa é dificil. Cheguei a uma conclusão de que toda a língua pode ser dificil quando você a desconhece. Nem sempre é necessário pronunciar uma palavra certa para q

  47. Gostei da matéria. Concordo sobre falar como nativo.
    Estudo japonês,  sou descendente. Minha mãe fala japonês – e eu a compreendo – mas não sei responder, nem sabia ler também.  Com todas as diferenças da escrita, acho mais facil do que inglês. E é  tão engraçado,  nunca aprendi uma letra, nunca fui à escola, mas qd assisto a um filme consigo compreender muitas coisas, sem legenda. Como posso compreender, se nem uso o japones no dia a dia? Acho que eu falava japonês em casa antes da alfabetização, e só,  depois disso foi só português.
    Minha memória ainda guarda esses registros.

    Aos 54 anos, estou fazendo inglês,  pois os livros didaticos de japonês,  na maioria, tem tradução em ingles.

    Essa discussão sobre FALAR como nativo é relevante, e concordo.
    Fiquei intrigada com um método de ingles, inventado por um japones,  muito famoso pelo aprendizado por repetição  (é  mais famoso pela matemática, mas tem inglês tb).
    Fui ver como é.  Como assim? Ingles por repetição?

    Bom, uma das primeiras coisas que a professora disse é que o material de audição era perfeito porque fora gravado por falante nativo. E a exigência era que eu pronunciasse corretamente, como se nativo fosse! Opa… discordei e a questionei “Por que falar como nativo? Por que essa exigência? Nao sou nativa, nem moro no país dos nativos, entao por que obrigar a falar como nativo? Discordo plenamente disso”.

    E especificamente falando do método, às vezes, é tanto preciosismo que dá desanimo, mas não vou desistir,  pois quero saber até onde esse método ensina realmente.

  48. Não acredito que esse seja o maior problema.

    O maior problema é que o brasileiro pensa que inglês SÓ serve para ter um “bom emprego”.

    O brasileiro NÃO quer ler jornais internacionais, não quer ler material ainda não traduzido (não ver a menor necessidade disso), então aprender inglês vai ser só mais uma matéria qualquer como filosofia, história e educação física, religiosa.

  49. Eu vou dizer pq e desafio qualquer professor de inglês a responder essa questão.
    Sabe pq o brasileiro não aprende inglês ??
    Pq o inglês sempre foi ensinado de forma errada.
    Ou seja..
    No decoreba
    Ler uma palavra e associar a uma imagem.

    Não é como aprendemos o português
    B com A = BA.
    B com E = BE

    A pergunta. Pq nao aprendemos inglês da mesma forma que aprendemos o Português ?????
    Abraço

    1. Eu pensava assim antes, até descobrir que a fonética deles não é perfeita, e que até eles se atrapalham para pronunciar palavras novas. Mas o português quando se é criança se aprende de tanto ouvir, depois que aprendemos as palavras é que aprendemos a montar as sílabas, portanto o inglês deve ser a mesma coisa, primeiro você aprende as palavras como uma criança aprende no começo da vida, e depois de conhecer as palavras e seus significados aprende a escrevê-las.

    2. Infelizmente não é assim. Crescemos usando o idioma nativo, a mente já está formada culturalmente e aprender idiomas é uma questão de cultura. Quando aprendemos um novo idioma imergimos automaticamente na cultura do país do idioma que está sendo estudado. Sendo assim a mente precisa abrir se para uma nova aquisição de um código diferente, não habitual. A língua nativa será inicialmente a grande referência para a compreensão de uma segunda lingua, com certeza.

  50. Gostei do artigo. não sou mais jovem e sonho em ser fluente no idioma inglês, mas, quando tento pronunciar alguma palavra, só risos da minha família. uso aparelho ortodôntico e tem palavras que não saem de jeito algum.
    Sinto vergonha por não falar inglês. É sério.

  51. Eu já acho que além da falta de interesse, há uma grande máfia nas escolas e cursinho
    de inglês que não ensinam o que realmente importa, em 3 meses aprendi
    mais de inglês do que pessoas que estão a 2 anos pagando para aprender,
    apenas observando certas particularidades do idioma, se isso fosse
    ensinado, talvez teríamos um país mais bilíngue.

  52. Ótima observação, Denilso! Mudei aqui pra CalifoCali no final de 2013 e não conseguia me comunicar com ninguém, ficava comoletamecom travada. Sonme soltei depois que um professor (americano) disse que a gente tinha que falar, cometer o máximo de erros que puder. Ele lembrou de uma criança, que não está preoxupada se está falando corretamente, ela simplesmente fala, tenta imitar o que escuta e usa o mesmo padrão (por exemplo, ela vai acrescentar o “Ed” tá qualquer verbo no passado). Ela comete erros, é corrigida, e aprende (hoje posso ver isso com a filha aprendendo português, eu não digo que ela falou errado qdo ela fala algo errado, eu simplesmente reputo de forma correta, enrapidame ra ela percebe que aquela é a forma correta de falar) . Naquela semana, eu estava no trem com a camisa da seleção brasileira e um americano puxou conversa. Consegui falar e ouvir perfeitamente! Sai de lá tão feliz e confiante! Ainda tenho a mania de ficar pensando nas regras gramaticais antes de falar, e o pior, na hora de falar falo errado coisas óbvias e que eu sei, mas pelo menos consigo me comunicar 🙂

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