Ensino de Línguas no Brasil e os tais Níveis
Por outro lado, o mundo de ensino de idiomas (seja este idioma qual for) está se baseando em um estudo sério (feito por lingüistas, professores, pesquisadores e muito mais) para padronizar os níveis de conhecimento lingüísticos dos aprendizes de idiomas. Até mesmo as grandes editoras (Cambridge, Pearson-Longman, Oxford, Cengage, MacMillan e outras) estão se baseando neste estudo para classificarem o nível dos livros que publicam. Escolas de idiomas no mundo e universidades que oferecem cursos de línguas também já se fazem valer deste estudo para nivelarem seus cursos e alunos.
Este estudo encontra-se publicado em um documento, contendo mais de 200 páginas, conhecido como Common European Framework of Reference for Language (CEFRL). Trata-se de uma diretriz (um guia) utilizada para descrever o desempenho dos aprendizes de qualquer língua estrangeira. A princípio, ele visava apenas os países membros da Comunidade Européia; porém, devido ao seu conteúdo científico e seriedade ele tem sido adotado por quase todos os profissionais envolvidos sériamente com o ensino de idiomas no mundo: escolas de idiomas, ministérios da educação, ONGs, editoras, universidades, empresas, etc.
As vantagens para as as escolas de idiomas que realmente se preocupam com a formação lingüística de seus alunos e utilizam este documento são muitas. A principal em minha opinião é que seus alunos estarão caminhando ao mesmo passo – em termos de nível – com o mundo inteiro. Os alunos entederão que apesar do nível ser diferente em uma escola e outra, eles encontram-se em determinado nível de acordo com o CEFRL.
No Brasil, para que seja tirado proveito deste documento os Departamentos Pedagógicos das Escolas de Idiomas (seja qual for: CCAA, CNA, Cultura Inglesa, Wizard, Wisdom, Number One, Yázigi, Fisk, Wise Up, Lexical, inFlux, Skill, CEL-LEP, YES, etc), devem sentar e verificar em que nível o material (cursos) oferecido por eles se encaixam nos padrões estabelecidos pelo CEFRL. Assim, estarão, sem dúvidas, oferecendo um pouco mais transparência, seriedade e comprometimento ao modo como ensinam idiomas no Brasil. Além disto, estarão mostrando como respeitam seu público.
Já o Ministério da Educação pode através deste documento estabelecer políticas de ensino mais atuais e comprometidas com o aprendizado/ensino de línguas nas escolas públicas. Fato que já ocorre na maioria dos países latino-americanos. A seriedade com tal projeto deve patir de todos e o Governo Brasileiro deve(ia) ser o primeiro a tomar a atitude de reformular o ensino de línguas em nosso país.
Quem sabe um dia este sonho se torne realidade. Será uma vitória para os Profissionais de Ensino de Idiomas ver um aluno concluir o Ensino Médio com conhecimento lingüístico (inglês, ou espanhol) baseado em padrões mundiais de ensino. Temos ainda um longo caminho a percorrer! O importante é que muitos já deram o primeiro passo!
Acho uma coisa meio difícil este nivelamento ser realizado em escolas estaduais, pois o ensino da lingua inglesa deixa muito a desejar no país. Faltam professores com capacidade na rede e acompanhamento pedagógico.
Caro Denilson,Sou professora de inglês há 2 anos e tenho contato com a língua há 6. Adoro seu blog, visito-o freqüentemente e já o indiquei para colegas de trabalho e alunos. Quero lhe parabenizar por este belo trabalho e ainda sugerir mais matérias abordando a metodologia e dicas para professores…. Obrigada, e continue nos presenteando com suas dicas,
Denilso, gostaria de te parabenizar por este trabalho que o senhor realiza aqui no blog.Encontrei seu blog por acaso e desde então sempre que posso entro nele.As dicas são maravilhosas e a diversidade é impressionante.Os post realmente me ajudaram e acho que já dei um grande progresso no inglês.Continue assim.Beijo