O Ensino de Inglês no Brasil – Atualmente e no Futuro

O texto abaixo foi escrito por Sara Walker uma grande e excelente Profissional em Ensino da Língua Inglesa. Tive a honra de conhecê-la no encontro de Professores de Inglês da região sul do Brasil, que ocorreu em junho do ano passado na cidade de Porto Alegre. O texto que você vai ler foi publicado em inglês no website da MacMillan, para ler a versão original do texto clique aqui.

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“Os brasileiros costumam ser bastante comunicativos e, devido a certas circunstâncias, excelentes aprendizes de idiomas: uma vasta série de cognatos (palavras semelhantes em inglês e português) – geralmente palavras de origem latina – bem como as várias palavras novas e aquelas nem tão novas assim que foram emprestadas da Língua Inglesa. Fatos estes que tornam o Inglês uma língua de fácil aprendizado para os Brasileiros.

No entanto a política pública sobre ensino de inglês no Brasil parece andar a passos extremamente lentos quando comparados com países como Chile ou Colômbia. Embora 20 a 30 milhões de crianças tenham aulas de inglês nas escolas públicas brasileiras, o nível de Inglês é freqüentemente visto como inadequado. Os próprios professores possuem baixo domínio do Inglês e sempre se deparam com salas de aula super lotadas e sem nenhum livro adequado ou mesmo recursos apropriados. Até as autoridades parecem aceitar que um primeiro contato com outra cultura, somada às habilidades de leitura, sejam tudo o que se pode esperar. Paralelamente a isto, uma lei aprovada em 2005 torna obrigatório para todas as escolas do país a inclusão do ensino da Língua Espanhola até 2010, com a intenção de solidificar as relações sul-americanas. Isto levou alguns professores de inglês a achar que o status da Língua Inglesa como principal língua estrangeira ensinada nas escolas poderia estar por fim ameaçada.

Fora do sistema regular de ensino, o Ensino da Língua Inglesa é um negócio gigantesco – estima-se que cerca 1 a 2 milhões de estudantes estão aprendendo inglês em escolas particulares de idiomas. Quem quiser aprender (ou quiser que seus filhos aprendam) habilidades comunicativas geralmente escolhem estas escolas particulares, já que os estudantes são clientes e a língua é um produto a ser comercializado. Conseqüentemente, um bom domínio da Língua Inglesa se tornou uma qualificação da elite.

Temos de ser realista, porém, e esperar que a globalização, o crescimento do turismo e o status do Brasil como uma nação emergente alerte, ainda que aos poucos, as autoridades brasileiras para o fato de que há sim uma real necessidade de política pública que promova um ensino/aprendizado de inglês satisfatório e eficiente.”

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Comentário do Denilso:

É isto aí pessoal! Enquanto o Ensino de Idiomas no Brasil não for levado mais a sério continuaremos a ter cada vez mais muitos e muitos talentos fora do mercado de trabalho. Excluídos pelo fato de não terem a oportunidade de estudar e aprender inglês de forma adequada, efetiva e valorosa.

2 Comentários

  1. Denilso, só um detalhe, que te passou em branco. No seu site, vc havia acabado de explicar da inconveniência de falar "very great", certo? Aí, logo abaixo, vc escreveu "Sara Walker uma grande e excelente Profissional em Ensino da Língua Inglesa". Ora, "grande" e "excelente" juntos? Pra quê? Ou a professora é,também, além de excelente, uma pessoa alta?Obrigada.Cristina

  2. Olá Cristina, obrigado pela visita e pelo comentário. São todos sempre bem vindos! Responderei à sua questão de modo mais resumido possível. Mesmo assim espero que tenha paciência para ler, ok?Você tem toda a razão de questionar o uso dos dois adjetivos juntos. Eu mesmo não havia percebido tal fato! À primeira vista parece estranho vê-los untinhos. Creio que em um estilo formal ninguém diria isto! No entanto, informalmente é comum nos deparamos com coisas como "um belo e maravilhoso quadro de Tarsila do Amaral" ou ainda "um rio de águas claras e cristalinas. Pois é justo aí que reside o fato do meu "grande e excelente": informalidade. Isto porque a linguagem deste humilde blog é natural, sem rebuscamentos gramaticais e pedantismos estilísticos. Tanto é que com freqüência sou alertado pelos leitores de erros absurdos que fariam arrepiar a um Evanildo Bechara ou a um Celso Cunha. Eu mesmo me arrepio! Fico me perguntando como posso deixar certos horrores escapar.Ainda no texto, a repetição espontânea foi uma forma inconsciente de enaltecer o fantástico e maravilhoso trabalho que Sara realiza no Brasil já há muito tempo! Ou seja, para mim ela é "grande" (no sentido figurado) e "excelente" (no sentido de que é uma exímia profissional). Quanto ao caso do "very great" não há na gramática da língua inglesa nada que o sustente. Simplesmente por ser um erro colocacional. A menos que alguém esteja escrevendo uma poesia ou uma obra literária escreveria "very great". Note que mesmo em português as combinações "muito fantástico", "muito ótimo" ou "muito excelente" não cai bem aos nosso ouvidos. Contudo, podemos dizer "realmente fantástico", "extremamente fantástico". Adjetivos que combinam com "ótimo" e "excelente" são raros.Espero ter conseguido explicar as situações. Espero também continuar com seus comentários e visitas. Vamos continuar aprendendo juntos!

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